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A mostrar mensagens de janeiro, 2015

Este é o mundo que aceitamos

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Este é o mundo que aceitamos, este é o mundo em que vivemos. Explodiu, rebentaram...morreram? Pouco interessa se ontem, dia 30 de Janeiro de 2015, morreram 40 ou 50 pessoas numa mesquita no Paquistão. Pouco interessa se os mesmos que prepararam esse massacre são os mesmos guerreiros ALLAHSHNIKHOV que ameaçam destruir a cultura ocidental...Eles estão lá-longe e enquanto forem matando paquistaneses irrelevantes pouco importa as suas acções. Hoje foram quarenta desgraçados numa mesquita, amanhã serão duzentos chacinados numa aldeia na Nigéria...o que é que isso interessa? NADA! nada até matarem alguém (uma pessoa que seja) num país ocidental, o trabalho de propagadores facínoras e de um falso Deus-Alá é uma coisa a que ninguém liga, mas uma vez passada a fronteira da Turquia, todos nos revoltamos contra actos bárbaros. A barbárie? Se for mantida longe não o é...Não interessa se os assassinos se experimentam e se tornam aptos para carnificinas maiores no reino do lá-longe...se matarem q

O Meu Poder (IV) P

Eu gosto é de estar comigo. Não preciso de mais nada. A minha cabeça, e as ideias que nela cozinho, com um constante sorriso nos lábios, indecifrável para quem o tenta interpretar, é a única companhia de que preciso para me aquecer nas noites solitárias. Não digo que não goste da companhia de outras pessoas, mas se tive mulheres-companheiras e filhos em várias partes do mundo e preferi abandoná-los a ter uma entediante vida com rotinas é porque consigo encontrar mais em mim do que aquilo que todos os outros me podem dar. É sem medo que me afirmo o Senhor Arrogância Distância. Quero que toda a gente fique longe e que saiba pouco sobre mim, apenas informações vagas e irrelevantes, ditas de forma fria e calculista. Quando estou com outras pessoas estou quase sempre a mentir-lhes, o que muito me diverte. Não é que isso me ajude nas relações com elas ou faça com que tenham uma melhor opinião de mim. As minhas mentiras nunca são auto-bajuladoras, na verdade, na maior parte das vezes, até sã

Comiseração (IX)

Não consigo enviar mensagens. O advento da Internet possibilitou a comunicação imediata com toda a gente, mas isso para mim é um problema ainda maior. Quando falo em chats  com amigas e amigos que, por vezes, nem sequer conheço, vejo-me muitas vezes congelado, petrificado, indeciso sobre se devo ou não carregar na tecla enter para enviar a mensagem, porque quando o faço estou a mandar uma parte de mim, palavras irreversíveis pelas quais terei de responder, pelas quais serei responsabilizado. Se eu tivesse vivido na época em que esse tipo de correspondência era a mais comum, ficaria especado, como um parvo de olhar vazio, com uma mão dentro da caixa do correio, hesitando se deveria ou não largar para sempre a carta na caixa. Invadem-me pensamentos como "aquela frase podia estar mais bem escrita, o sentimento mais bem explicado", ou "aqueloutra frase não pode ser bem entendida se não se ouvir um tom de voz com que a imaginei, o seu leve travo irónico não passa na forma pur

Não Gosto (XXX)

Não gosto nada da palavra rua.  Raramente uso essa palavra, pois prefiro, de longe, a palavra calhe , Rua é demasiadamente parecido com lua , e duas coisas tão importantes não podem ter nomes tão semelhantes. Ao contrário do que muita gente crê, calhe , não é uma aportuguesação do termo espanhol calle . Calhe existe, vem em todos os dicionários e tem muito valor.

O Meu Poder (III) P

Muitas vezes perguntam-me quando me comecei a sentir mais poderoso, mais ciente; no fundo, mais capaz de interpretar as ocorrências da existência. Recordo-me muito bem do dia em que senti esse poder sobre-humano invadir o meu corpo e transparecer em todos os meus actos. Estava deitado de barriga para cima, contemplando tranquilamente no escuro céu o silencioso brilho das estrelas, gozando a ociosidade da aldeia índia depois da noite cair, a 10 minutos da minha cabana, quando vi um esplendoroso brilho prateado rasgar o céu. Um delicado e curvo traço de luminosidade branca, apagou as estrelas ao céu redor. A lua nova deixara de o ser e o primeiro brilho de um novo ciclo lunar aparecia nas alturas, mesmo por cima de mim, no zénite do lugar onde estava deitado e o seu inesperado brilho encheu os meus olhos de luz divina e aclarou os meus pensamentos desde esse momento, há cerca de 40 anos, até hoje e, espero, para o resto dos meus iluminados dias. Salvé à graciosa lua, astro da noite.

Gosto (XXV)

Gosto das explosões de claridade luminosa no filme Branca de Neve do João César Monteiro, que obviamente detestei. Essas detonações de luz, depois do ecrã ter estado a negro 15 minutos resultam particularmente bem no cinema, porque apanham os espectadores desprevenidos e deixam-nos completamente encadeados e a insultar o realizador do filme, os actores e também o projeccionista animalesco. A intenção destes irrompimentos de luz branca no negro é claramente dar um estalo ao espectador e, ao mesmo tempo, possivelmente com a outra mão, fazer-lhe um manguito. "Devias era ter ficado em casa, oh paneleirote" , sussurra-nos além-tumba um dos grandes mestres do cinema português, enquanto rezamos aos céus para não termos ficado definitivamente cegos.

Gosto (XXIV)

Gosto de pessoas que, quando está frio, urinam nas próprias mãos para as aquecerem e as esfregam na cara caso também tenham frio na pele da face. É preciso uma grande coragem e falta de higiene para usar este método de aquecimento. Eu não seria capaz, sou um aburguesado de merda.

O Inalcançável

Se não escrevo, Escrevo ao menos Que não escrevo Pois de ti sou servo, oh Incrível, Invisível, indivisível, indescritível, Incognoscível! Persigo-te ainda que esteja silencioso, Oh Incompreensível, Oh Fogo misterioso, Que projecta sombras no meu caminho Onde me perco sozinho Em demandas inexplicáveis Em que me encontram incapaz Ou talvez esclarecido num segundo fugaz De reflexão sagaz E logo perdido no buraco negro voraz Que a realidade traz

Não Gosto (XXIX)

Não gosto nada de hinos nacionais . Grande parte dos poemas dos hinos nacionais são fascistas, fazem o elogio de um povo e, pior que isso, separam numa raça distinta os habitantes de cada país, que fazem todos parte da grande e que deveria estar unida raça humana. No hino francês diz-se qu'un sang impur abreuve nos sillons (Que um sangue impuro manche os nossos campos).

A Lei do Inacreditável

No início de 2015 constatei algo acerca da Lei do Mundo que não posso deixar de partilhar com os meus seguidores. A nossa vida pode ser terrível, mas tem sempre, sem qualquer excepção, a possibilidade de ser pior. Esta simples ideia serviu-me para postular a Lei do Inacreditável. A Lei de Murphy diz basicamente que se uma coisa pode acontecer, ela vai acontecer . A Lei do Inacreditável estabelece que o que quer que tenha ocorrido de mal, podia ainda ter corrido pior, e foi criada por mim para desmistificar, ou para atenuar, aquela afirmação-frase que muitas pessoas costumam cuspir de forma para mim execrável que é "podia ter sido pior...". Dizer "podia ter sido pior...." é uma redundância absoluta porque tudo pode ser pior do que foi, uma vez acabado. Os recentes massacres em França, do Charlie Hebdo e da mercearia kosher, foram maus, mas podiam ter sido bem piores. Bastava ter morrido mais uma pessoa...

O Rei do Terrorismo, um Assassino de Massas, desfila numa Marcha Anti-Terrorismo em Paris

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O demente e fanático Benjamin Netanyahu, primeiro ministro do estado de Israel, um dos mais perigosos cancros do mundo moderno, teve a ousadia de se dirigir a Paris para participar na marcha anti-terrorismo, que se realizou no Domingo, 11 de Janeiro de 2015, devido aos atentados terroristas ao  Cahrlie Hebdo e a uma mercearia judaica. Netanyahu, um sionista, que pretende despojar os palestinianos das suas terras e, no limite, expulsar todos os árabes da zona que concebeu para o seu estado de Israel, não podia ser aceite na cabeça da manifestação, com os outros líderes! O homem é um assassino implacável que massacrou milhares de crianças! Como pode um promotor de terror contra inocentes ser aceite naquela marcha que simplesmente servia para lutar pelo bem? O líder de um estado terrorista e que não pára de conquistar terreno ao estado vizinho só podia ser aceite em França "o país da liberdade" para ser preso e julgado perante um tribunal pelos seus crimes humanitários. Há muito

A Balada das Novas Palavras

Todas as palavras ainda não reveladas Escondem inéditas verdades encantadas Se desvendadas desfazem e refazem dúvidas, Desvelam a razão por trás da acção Misteriosa e sempre questionada Quando falham as palavras para a descrever E criam sombras de medo nas regiões Ainda não exploradas Confundem os exploradores Quando estes julgavam estar no fim da estrada Ansiosos por abrir o definitivo tesouro