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Alvos Millar, primeiro poema e explicação (Nelson Mandela)

Nasceu Alvos Millar , a estrela da morte, no dia 6 de Dezembro de 2013, um dia depois da morte de Nelson Mandela.     Matei Nelson Mandela Como a todos antes e depois dele Recém-Chegado ao Reino dos Mortos O Capitão Liberdade encontrou o mesmo destino Que o carrasco, o corrupto ou qualquer animal Matei Nelson Mandela Como a qualquer outro vegetal Sou o velhaco do mundo Mas dou sentido a tudo isto Não permito eternizações Toda a vida é fugaz e curta Ínfimas Explosões no Infinito Escutam no seu breve tempo Histórias de tristes de antigamente E sentem movendo-se ao sabor dessas emoções Eu sou a noite eterna Um buraco-negro deambulando pelo mundo Apartando os que percepcionam Dos corpos agora adormecidos para sempre O destino das almas é me indiferente Meu trabalho é libertá-las O Cansado Espírito do Capitão Junta-se pairando, livre e solitário Ao desfile dos que terminaram Matei Nelson Mandela Bem-Vindo ao outro lado O Reino Unido d

Aos Mortos

Aos Mortos Todos os que a atravessaram Já estão para lá da fronteira No reino eterno da morte O que os distingue do nada foi terem vivido Brevemente, talvez Existiram num instante do Universo Individualidades distintas Ninguém as conduziu pela mão Ao reino da morte sonhada Espírito, alma solta do corpo Do desgraçado que jaz morto Agora, nada conseguem gritar Do reino de trevas da morte Cegos, quando lhes agitam os lenços na despedida Aqueles que ainda não passaram a barreira Para o reino perpétuo da morte Alvos Millar

Aqueles que Voluntariamente Enfrentaram a Morte

Poema para os estudantes do Meco Aqueles que voluntariamente enfrentaram a morte Cegados por uma lei que é letra morta Levados numa onda de má sorte, Obedecendo escalonados a uma hierarquia torta, Caminham, agora em conjunto Inseparáveis pela estupidez do assunto Torturados no outro lado No Reino Eterno da Morte Surdos, obedeceram às leis impostas Pelos homens com que se cruzavam. Aceitavam todas as humilhações propostas, Esperançosos em mais tarde serem os Humilhadores Maiores Para um dia perpetrarem torturas piores Subindo os ritmos de uma lei que não existe Acenando baixos a quem em tal insiste Equivocados na sua percepção Do Reino Real dos Vivos Aqueles que rastejam a continuidade sem a questionar Unidos, golpeiam o silêncio com lamentos Na planície do outro Reino em que os deixei penando Ansiosos por se libertarem do suplício em que estão andando A Verdade, vinda da Terra, Do Reino Entretido dos Vivos, Não os aliviará das aflições