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A mostrar mensagens de dezembro, 2013

Num Cruzamento de Quatro Estradas

Num cruzamento de quatro estradas Hoje, todas me levam aonde já estive Tenha sido mais a esquerda ou à direita do meu coração Numa, cães sarnentos barram-me a passagem Sigo pelas outras três E os farrapos feéricos da madrugada acompanham-me Neste passeio vão ao topo da minha terra Perdia-me na neblina se soubesse que não voltava a encontrar-me Lentamente, transformava-me no vento E assobiava melodias melancólicas nos palácios abandonados Enquanto desaparecia com o dissabor do amanhecer Raios vespertinos tecem tempestades Cai a luz, nasce a sombra E o sol não brilha em tudo da mesma forma Os Adormecidos saem de suas casas despertos para mais um dia As ruas enchem-se de gente dançando para os Cobradores Que devastam gratuitamente o tempo de todos São os tiranos do quotidiano Dinossaúrios de Biblioteca de todo o ano Moldam e concebem os modos de vida Nas secretárias do além E à minha volta todos valsam sem contestar À música que está a dar Eu