Zenit Saphyr Versus Doutor Targédia (1ª Parte)

Numa tarde sombria, duas semanas depois de me ter embrenhado na Floresta Negra Alemã, movido pela sede da conquista da bela paisagem, avançava com a câmara de fotografar em riste, tirando fotos ao pôr do sol por trás das montanhas, dourado espreitando por trás das vastas nuvens. Quando a estrela da tarde iluminou o céu e o sol começou a esconder-se vi um enorme portão escavado numa montanha. Do seu lado esquerdo e direito a a vegetação ficava mais alta, pelo que aquele caminho fora feito por homens com alguma intenção. Analisei a porta alta de ferro e pensei que se fosse preciso era possível saltá-la (tinha cerca de 4 metros). Fotagrafei-a e ao meio envolvente, escondendo depois o rolo enquanto decidia qual caminho seguir. Tomei o caminho à esquerda da porta e comecei a subir pela a montanha enquanto espreitava para o caminho que se espraiava lá em baixo e começava a ficar mais longe. Era um longo e estreito caminho onde cabia um camião. Do meu lado e do outro da fossa cresciam grandes árvores. O canto alegre de aves foi substituído, com o cair da noite, pelo som de voos desordenados de morcegos batendo em árvores e guinchando. Ficou demasiado escuro para que pudesse continuar a caminhar ao pé de um precepício daquele tamanho. Escavei um buraco e arrastei uma pedra para me proteger, depois abri o saco cama e deitei-me. 

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Contos Eróticos de Fernando Bacalhau (Alexandra Lencastre)

Dicionário com palavras pessoais

As Mais Belas Palavras da Língua Portuguesa