Nadir Veld

No final de Agosto de 2013 nasceu em mim uma personagem literária diferente do meu eu real. Escreve de maneira semelhante, mas defende outras coisas, totalmente opostas às que defendo. Eu, que sou um acérrimo defensor da vida em todas as suas formas (até mesmo as plantas são habitadas por espíritos antigos, creio), sinto, por vezes, um apelo a escrever sobre o suicídio, coisa que, já o disse inúmeras vezes odeio profundamente. Sou incapaz de sentir respeito por um suicida, mas compreendo-os profundamente, como procuro compreender profundamente todos os acontecimentos do mundo. Esta tentativa de compreensão até das plantas é algo que, acho, me foi ensinado pelos índios...

Por estas razões criei esta personagem, Nadir Veld, um personagem perturbado, nascido em 1989 e com impulsos suicidas incontroláveis. Ele escreve sobre o lado sombrio da sua vida, rejeitando a beleza que a existência tem, olhando apenas para uma dor interior imensa (que eu também sinto, por vezes, mas de forma diferente). Chamei-o de Nadir por nadir ser o oposto de Zénite, ou seja, o ponto da esfera celeste situado na direcção descendente vertical tirada do ponto do observador.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Contos Eróticos de Fernando Bacalhau (Alexandra Lencastre)

Dicionário com palavras pessoais

As Mais Belas Palavras da Língua Portuguesa