Mistérios Meus

Mistérios Meus


Muitos anos vagueei no Mundo e só agora certas respostas tardias solucionam os mistérios meus
Do meu passado, como uma tormenta violenta, as marés de destroços sobem e descem ritmadas pela Lua
Que melancolicamente brilha a dor dos meus olhos obscurecidos pela treva dos momentos que não foram conquistados
As forças ocultas que se libertaram prendendo-me, disseminadas do interior do meu corpo
Um organismo sob ocupação, as funções vitais governadas por um estrangeiro de longe ao leme do meu coração
Ergue-se em frente à tempestade, com o cabelo ao vento, gritando palavras de ordem no coração palpitante
Ah, as forças interiores, as forças superiores que me fazem sucumbir aliadas ao quotidiano demencial
Os erros incompletos ocasionalmente cometidos
Os falhanços miseráveis
E os passeios sórdidos e degradantes em busca de nada
Um monumento de palavras erigido por razão nenhuma
Uma dor!
Uma dor demasiado grande pelos problemas que não foram solucionados
Pelas respostas que não forma dadas a horas
E pelo tempo que se perdeu antes que a verdade fosse reposta
Pelo que não aconteceu quando devia ter acontecido
E por todos esses despojos de remorços na memória
Recrimino-me profunda e saudavelmente sozinho à beira-mar mais uma vez

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