Assim se Cumpre em Mim a Lei de Talião (19ª Parte)
Enquanto corriamos
para dentro da floresta pensei como a minha existência lado a lado com o Homem
Orquestra fazia sentido. Ele ajudava-me eu acho que o ajudava. Parámos quando
ouvimos o uivo distante do urso que agora se encontrava só. Estavamos numa
densa floresta tropical. Havia árvores altas, mas ainda assim o sol brilhava
através das árvores e iluminava o meu caminho. Via plantas das mais diversas
cores que araçavam as árvores e subiam através delas para do seu topo
observarem toda a extensa paisagem de árvores que avançava milhares de
quilómetros como uma majestosa barreira. De tempos a tempos a Terra tremia e
era nessa direcção que eu decidira avançar. Queria saber porque tremia a terra.
Avançamos, parando apenas para dormir durante 33 dias. O Homem Orquestra
continuava compassando o ritmo através da selva. Estavamos parados, enquanto eu
comia um pequeno macaco que caçara quando, de trás de uma árvore, surgiu uma
grande cobra que avançou para mim rapidamente. Atacou-me e mordeu-me o braço
com que levava o assado macaco à boca. Uma dor tremenda acordou os meus nervos,
o Homem Orquestra entrou em pânico, tocando vários sons ao mesmo tempo,
descompassadamente. Larguei o macaco com raiva e segurei a serpente pelo
pescoço, pressionando-a do lado oposto ao da cara, como se segurasse num homem
pelos gasganetes. Repreendi-a com o olhar e apertei-a furisamente. A sua língua
saia custosamente da sua boca e mais parecia um farrapo subindo e descendo da
sua boca enquanto os olhos se iam apagando e o seu espírito se preparava para
sair. Libertei-a um pouco e gritei-lhe:
-Suga agora este terrível veneno, precisas, mais dele do que eu!
Obedientemente, chegou a sua boca ao meu braço e mordeu-me novamente, deixando-me duas vezes mais forte do que estava antes de receber a picada. Soltei-a violentamente contra o chão e o Homem Orquestra soou orgulhoso. Ela aproximou-se de uma árvore ali perto e lá se quedou. Eu regressei ao meu macaco e o Homem Orquestra começou a reproduzir sons hipnotizantes.
-Suga agora este terrível veneno, precisas, mais dele do que eu!
Obedientemente, chegou a sua boca ao meu braço e mordeu-me novamente, deixando-me duas vezes mais forte do que estava antes de receber a picada. Soltei-a violentamente contra o chão e o Homem Orquestra soou orgulhoso. Ela aproximou-se de uma árvore ali perto e lá se quedou. Eu regressei ao meu macaco e o Homem Orquestra começou a reproduzir sons hipnotizantes.
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